Se por ventura houver reencarnação em joão de barro me apossaria. Agora mesmo estaria do alto deslumbrando o céu e a terra. Mais livre do que imagino ser como pessoa. Mais conveniente a não expor à inconveniência das pessoas.
Não haveria para quê medir o tempo... Içaria asas até outros continentes. Conheceria mundos, céus e infernos sem precisar interagir com eles.
Um joão de barro ou uma poetisa... O que importaria que sem os ponteiros de um relógio, sem o norte de uma bússola, a libertação poderia ser imensurável e o sabor pela vida sem precedentes.
Do alto, tudo abaixo demasiado pequeno e a apreciação desnudada sem preconceitos.
Escrevendo palavras ou construindo uma casa de barro em um trabalho artesanal a volta ao mundo, à vida para a vida me ser mais significativa.
Rosângela de Paiva.
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