A calma que possuía... Aquele homem tinha passadas de algodão.
Sorria sempre, não sei se de alegria, simplicidade , admiração ou apenas para mostrar os dentes brancos em contraste.
O homem era um mistério ou tão transparente que confundia.
Capaz de fazer cafuné por horas, sem se preocupar com absolutamente nada.
Cafuné feito com alegria, simplicidade ou admiração só por estar ali junto a ela.
Ela respondia com uma lágrima contida, uma fraqueza quase infantil. Percebeu então, carente que nunca tinha se dado conta.
Na vedade sempre se disfarçava de independente e forte, o que era apenas roupagem.
Aquele homem certamente a contemplava ou sua índole era mesmo nobre e doce. Parecia se bastar e bastava pra ela.
Amanheceria e tudo voltaria ao normal.
O cachorro do vizinho latindo lhe acordaria para a lida.
Depois de pronto o café, um cigarro, e pensamentos que viriam com as lembranças já quase esquecidas.
Rosângela de Paiva
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